SOCIEDADE DE OGBONI
Esta sociedade esta situada na cidade de Ilê-Ifé e se dedica a praticar
um dos cultos mais antigos.
Baseado na preservação dos espíritos da Terra, para os Yoruba a Terra é
sagrada porque foi o primeiro a ser criado Por Oduduwa é por isso que a
sociedade de Ogboni tem como finalidade
de cultuar a Terra e cuidar de seus espíritos,os Ogboni sempre se tratam a
Terra da melhor maneira para melhoras a sua produção e ensinam a respeitar o
legado que Oduduwa lhes deixou.
Outra atividade que a sociedade Ogboni tem é detectar as ofensas que
todo ser faz contra os espíritos da Terra e logo penalizar rigorosamente os
culpados.
A cerimônias são realizadas em um sito sagrado e são designado Poe
grandes e abundantes oferendas e toques de quatro tambores rituais que levam os
nomes de Agba.
Graças ao seu poder espiritual, os Ogboni alcançam poder espirituais de
níveis sociais e políticos diferenciados entre os demais, eles se identificam
por alguns ornamentos que usam em suas roupas e carregam um bastão chamando de
Edán (espécie de uma bengala) que tem em seu cume uma figura masculina e outra
feminina. Eles são guardiões dos espíritos da Terra e guardam o bem estar da
Terra, são considerados bruxos, pois eles tem um grande poder que quando eles
dizem para ela abrir ela com certeza abrirá e se eles falam para ela fechar ela
com certeza fechará.
Eles têm por finalidade guardar e preservar a Terra para que a Terra
nos devolva tudo o que ela nos deu...
Sociedade Ogboni (O Clã)
Sociedade secreta dos Babálawo, que em África, teve poder superior ao
poder de seus reis. Aportou, reorganizou-se e sobreviveu no Brasil, tento
liderado várias revolta negras na Bahia, as mais conhecidas entre 1808 e 1835.
Muitos de sues lideres escaparam das perseguições, refugiando-se no anonimato e
no sigilo de seus fiéis. Nos conta uma muito antiga lenda que no inicio da
criação do mundo, Ìyámi, a grande mãe ancestral deu à luz à dezesseis filhos.
Os dois primeiros a nascer chamavam-se Ogbo e Oni. Devido a um motivo
desconhecido, estes dois primeiros filhos de Ìyámi começaram a lutar entre si,
trazendo todo tipo de desgraças e destruição sobre o mundo. Ìyámi ao perceber
esta luta entre seus filhos mais velhos poderia causar a completa desintegração
da Terra, obrigou-se a fazer um pacto de irmandade, jurando sobre um
determinado amuleto sagrado que nunca mais lutaria entre si,desta forma
nascendo a primeira sociedade secreta do mundo que seria nomeada, conforme os
nomes dos irmãos unidos para sempre: Ogbo e Oni, daí o nome desta sociedade se
Ogboni. A sociedade secreta Ogboni é temida e respeitada por todos que a
conhecem, sendo a segunda corte judicial em terras Yorùbá. Esta sociedade
possui a finalidade de proteger a comunidade e manter o estabelecimento da
ordem, assim como executar os castigos a que serão os que violam as leis
estabelecidas. A esta sociedade somente poderão ser filiadas aquelas pessoas
que mantém um comportamento ético, moral e social exemplar, não importando seu
nível intelectual, raça, procedência ou sexo. Entre os participantes desta
sociedade estão os membros ativos que realizam os ritos e cerimônias secretas:
Babálawo, demais sacerdotes e os passivos são as pessoas que participam das
decisões a tomar e das festas. Desta sociedade também participam políticos,
doutores, advogados, militares e anciãos da comunidade.
Os Ogboni incrementam cotidianamente através do estudo, ritos e
cerimônias de nível místico e magístico para assim afastarem de suas
consciências os defeitos e os sentimentos impuros que normalmente afetam às
pessoas comuns. Durante os séculos, muitas irmandades foram criadas baseando-se
nos principais estatutos do Ogboni, mas realmente apenas uma pequena parte
destas sociedades conseguiu a unificação e poder social da Ogboni em terras
Yorùbá.
Os Ogboni falam a língua Yorùbá, mas internamente possuem um
vocabulário secreto com o qual denominam as divindades,objetos, animais, etc.
As palavras iniciáticas deste vocabulário pertencem ao idioma mais antigo, o
qual chamo de Èdè-Eye (língua dos pássaros), e é o idioma que os mais antigos
sacerdotes utilizavam-se para comunicar e ativar as energias, com propósitos
benéficos ou prejudiciais conforme a necessidade.
Os Ogboni chamam-se a si mesmo de Omo-Oduduwa, que é o Orisá criador da
Terra. Sendo justamente a Terra, o principal elemento do culto e força
espiritual nesta sociedade. A maioria dos instrumentos sagrados da sociedade
Ogboni são manufaturados com o Bronze, que é o símbolo da força que não se
deteriora ou se corrompe. Ideais estes da própria sociedade para seus membros.
Alem da sociedade Ogboni existem outras que devem ser citadas por sua
importância e poder, estas são:
A sociedade Èfé-Gèlèdè (que possui como principal divindade o Orisá
Ìyámi Òsòròngá)
A sociedade Egungun (que possui como principal divindade o Orisá Agan)
A sociedade de Òsó- dos Bruxos (que possui como principal divindade o
Orisá Òsàálá)
A sociedade Abiku (que possui como principal divindade o Orisá iku), e
outros.
Como já disse, a sociedade Ogboni venera a Terra,e por isso seu
principal Orisá chama-se Onilé (A senhora da Terra). É uma divindade feminina
que representa o espírito da Terra na qual os antepassados são enterrados.
Assim como Olóòrun (O Deus Supremo) esta presente em todas as coisas, através
D’ele foram criados Òsàálá (Senhor do Céu e da Criação) e Onilé (Senhora da
Terra). Na verdade a própria Ìyámi Òsòròngá, como dona da estrutura terrestre
muitas vezes se mescla ao mito de Onilé, pois ambas são consideradas forças
agressivas e perigosas, assim como Oduduwa (criador da Terra) que é um Orisá
masculino, o herói da fundação do estado Yorùbá.
Na sociedade Ogboni um dos principais símbolos relacionados a Terra,
são uma “parede de varas” que simbolizam a sabedoria e a antiguidade, assim
como a interdependência entre o homem e a mulher. De grande importância
simbólica para a Ogboni é o numero 3 que representa o movimento e o dinamismo
da criação. Nos rituais Ogboni de iniciação, é utilizada uma corda na qual são
amarrados três caracóis no pulso do iniciante, representando o apaziguamento
das forças destrutivas no mundo humano (que é tridimensional). Também se
valoriza por demais o lado esquerdo, pois representa a força feminina e a
potencia terrestre, assim existem inúmeros rituais Ogboni de caráter iniciatico
em que os participantes colocam o punho esquerdo sobre o direito três vezes,
que significa uma afirmação da matéria, da vida física e da Terra sobre o Céu o
espírito e etc,na tridimensionalidade. Por isso ao saudarem a Terra (Onilé),
recitam os Ogboni a seguinte frase: “O leite do peito de nossa Mãe é doce” e
tocam o chão por três vezes. Importante é entendermos que o numero Três na
cultura Yorùbá sempre vai representar o Poder que a tudo dinamiza, ou como se
diz:
“É a força dinâmica que ume todos os elementos para um objetivo em
comum”,ou seja, o atributo da Onipotência pois “somente os anciãos conhecem o
segredo do numero Três, aquele que dele sabe se utilizar é Elégbara”, Todo
Poderoso (um dos títulos do Orisá Esú). O numero Três também representa a força
do Àse “O poder que faz todas as coisas acontecerem”. Na sociedade Ogboni a
terra é venerada com o intuito de assegurar a sobrevivência, a paz, a
felicidade e a estabilidade social da comunidade, assim como também a
longevidade e o bem estar. Nas esculturas Ogboni existe a predominância do
cobre (que significa brilho e duração) e do ferro, Ambos metais associados à
Òsun ( a deusa do rio de mesmo nome, regente da saúde, da riqueza, da beleza e
da fertilidade) e a Ògún ( a divindade do valor moral, criadora da energia, da
industria, da caça e das artes militares). O ferro sempre está presente nos pés
das esculturas Ogboni por simbolizar a força, a estrutura e o vigor das bases
constituídas desta sociedade, e significa um exemplo aos participantes, por
expressar as idéias de devemos não apenas ser firmes na vida, mas também
extrair desta firmeza (da força do ferro), o valor para o amadurecimento
pessoal. Os membros femininos Ogboni, chamam-se a si mesmos de Àbíyè, o que
significa que estas mulheres procuram desenvolver em si mesmas, através de
vários rituais, poderes especiais para diminuir a mortalidade infantil (o que
sempre foi um grave problema na sociedade Yorùbá), por isto afirma-se que as
mulheres Ogboni podem cuidar dos problemas Abiku (crianças que nascem pra morrer).
Os ritos que são realizados pelas mulheres Ogboni para esta finalidade, são
sempre baseados na relação positiva da mulher com a terra, que é tratada sempre
como Ìyá (Mãe). Todos os participantes da sociedade Ogboni chamam-se a si
mesmos de Omo-Ìyá (“filhos da mesma
mãe”, que é a Terra) e por isso consideram-se pessoas especiais privilegiadas
pelo contato direto com as forças espirituais deste elemento. Vários Orisás são
evocados pelos Ogboni (mas todos sempre terão grande relação com a terra), como
Orò (Orisá coletivo dos antepassados), Egungun (Orisá individual como
antepassado), Onilé (a própria “mãe terra”), (Ìyámi Òsòròngá 9 Orisa Dona da
estrutura terrestre).
maravilha de texto e muito explicativo, Parabéns Babalaô
ResponderExcluirobrigado filha
ExcluirEstou trabalhando um livro de mitologia iorubá e interessou-me esta informação abaixo:
ResponderExcluir"...Nos conta uma muito antiga lenda que no inicio da criação do mundo, Ìyámi, a grande mãe ancestral deu à luz à dezesseis filhos...."
Poderia, por favor, informar a fonte deste mito, para que eu possa buscar as referencias corretas?
Obrigado.
No aguardo ...
SIM O QUE OCORRE NESTA QUESTÃO , E QUE YAMIM E UM NOME DADO AS DIVINDADES FEMININAS DO CULTO YORUBA POREM NESTE CASSO EM QUESTÃO A HISTORIA EM SI FALA NA REALIDADE DOS DEZESEIS ODUNS DE IFA ESTA YAMIM EM QUESTÃO E CHAMADA DE YA ODUN MÃE DE ODU AS PESSOAS VENHE OS ODUNS COMO UMA EXPECIE DE RELATO DE ACONTECIMENTOS DA HISTORIA YORUBA , MAS NA REALIDADE ORUMILA TEVE 16 FILHO COM YA ODU CADA FILHO RECEBEU UM NOME OGBE,OYEKU,ODI,IWORIN,ECT
ExcluirFORMANDO ASSIM DEZESEIS DIVIDADES ,CUJO O QUAL DEPOIS DEU ORIGEM AOS ORIXAS E A OS 240 ODUNS RETANTES
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